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Foto do escritorRenato Padovan

Cada passo conta


Você já ouviu muitas pessoas falando técnicas de corrida, como correr desse ou daquele jeito. Principalmente que esse ou aquele jeito é o “jeito certo de correr”.


Nossos atletas já sabem que nós aqui do Team Renato Padovan acreditamos que não existe um jeito certo de correr e sim o melhor para cada pessoa.

A biomecânica de corrida ou o “jeitinho” de cada um, é particular e individual e tem muitas coisas que podemos mexer e ensinar, mas não necessariamente vai ajudar ou melhorar a performance.


180 passos por minuto? Serve para muitas pessoas, mas para outros pode ser difícil e trazer algumas particularidades que antes não estavam presentes. Será que é o ideal para todos?

Deixar os braços paralelos na hora de correr? Também pode servir para alguns, mas totalmente desconfortável para outros.


Uma pesquisa feita por finlandeses com jovens corredores testou algumas mudanças na biomecânica dos atletas e de todas as mudanças que tiveram, apenas a força de contato com o solo mostrou relação na economia de corrida e na corrida em velocidade máxima.

O que isso significa? Significa que produzir força rapidamente e a velocidade máxima estão relacionados.

Outro estudo japonês da Universidade de Ryukoku no Japão, filmou 415 corredores de elite e mediu o tempo que eles ficavam com o pé no chão durante cada passada.

Descobriu-se que atletas de elite tem um menor tempo de contato com o solo, ficam menos tempo com o pé no chão em altas velocidades.


Isso acontece porque só vamos para frente quando não estamos com os pés no chão. Empurramos o chão para trás e vamos para frente quando estamos no ar.

Atletas de elite ficam mais tempo no ar e menos no chão do que corredores amadores.

Bom, entendi que tenho que diminuir o tempo de contato com o solo, e agora?


Primeiro é legal entender que só conseguimos melhorar o que medimos. Alguns relógios conseguem medir esse tempo de contato por assessórios presos no tênis ou na cintura, como o Garmin Dynamics Pod, que usamos aqui no Team Renato Padovan em nossa avaliação biomecânica. Outros usam métricas de oscilação vertical, balanço dos braços e outras métricas para tentar predizer esse tempo.


De qualquer jeito, podemos melhorar isso com alguns exercícios e também melhorando a sua consciência corporal quando for correr.


Exercícios de força no início da temporada, exercícios de agilidade e potência no momento certo, sprints em subidas, educativos específicos e alguns outros modos como avaliações da biomecânica de corrida podem ajudar a melhorar o seu tempo de contato com o solo.

Além dos treinos de pliometria que são específicos para melhorar a potência do atleta.


Aqui fazemos o planejamento de cada atleta de acordo com a prova alvo que ele vai participar levando em conta a situação e condição física que ele está e como queremos que ele esteja quando for performar na prova. Levamos em conta sua força, resistência, biomecânica, potência e muito mais. Sempre tentando oferecer o máximo de melhora sem colocar em risco a saúde dele.


Provável que você nunca tenha pensado nesse tempo que fica com o pé no chão em cada passada, mas nós pensamos e levamos isso em conta quando você corre.


Cada passo aqui é pensado, planejado, executado e medido para a melhor evolução sem prejudicar o atleta.


E você, já pensou ou mediu o tempo de contato com o solo?




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1 Comment


Raphael Claret
Raphael Claret
Feb 09, 2021

Maior tempo no solo pode acarretar em lesões? Perguntando já que já sofri com canelite e acho que ouvi algo do tipo, sabe informar se existem aparelhos para o polar com esse perfil de medição, abraço ótimas dicas! 👏

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